Para sexólogo, a manutenção do padrão de vida é a razão da depressão do brasileiro

  • Por Jovem Pan
  • 19/07/2016 14h10
Jovem Pan <p>Dr. Borzino é especialista em sexualidade e participou do Pânico</p>

Com mais de 12 anos atuando como terapeuta sexual, o Dr. João Borzino esteve no Pânico desta terça-feira (19) desmistificando a sexualidade masculina e feminina, além de apontar os problemas da vida sexual do brasileiro.

Segundo Borzino, a pressão da sociedade é refletida no desempenho sexual dos homens e mulheres. “A mulher sofre repressão, ela não é livre sexualmente, porque é feio se conhecer. A masturbação ainda é um tabu. Depois de quanto milênios isso continua?”, questionou.

A mulher autossuficiente, bem-sucedida profissionalmente, com um corpo em cima e com o instinto materno ligado. O homem sarado, rico, independente, com um carro e cheio de amigos. Os padrões cobrados ficam cada vez mais altos, levando a um patamar quase impossível de se alcançar.

Essa realidade é ilustrada nos 48% da população que consomem antidepressivos. “A crise está muito grande, a vida sexual das pessoas é muito pior do que se imagina”, analisou Borzino.

Educação

Segundo o sexólogo, o bullying é um obstáculo na educação dos jovens. “Passa-se muito a mão. Não defendo o preconceito, mas o homem tem que assumir sua posição e a mulher também”.

A ausência de educação sexual também é algo que João Borzino apontou como um fator determinante para que o sexo ainda seja um tabu e um território desconhecido, tanto para os jovens, como para os adultos.

“A internet tem um lado muito ruim, é estimular o padrão, a gente é educado baseado num filme pornô. Dentro da classe médica existem baixíssimas formações em sexologia. Falta educação sexual”.

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