“A Grande Família” é o “Chaves” da Globo? Guta Stresser espera que não: “estou com esse medo”

  • Por Jovem Pan
  • 18/04/2017 14h19
Rodrigo Ramon/ Jovem Pan

Guta Stresser passou 14 anos vivendo Bebel em “A Grande Família” e, se depender da TV Globo, a série, que já é um clássico, irá sempre voltar à programação. Em passagem pelo Pânico na Rádio nesta terça-feira (18), a atriz lembrou da personagem e avaliou a reprise da série nas madrugadas da emissora.

Questionada se “A Grande Família” seria o “Chaves” da Globo, a atriz achou graça e se preocupou com a possibilidade. “Nunca tinha pensado nisso, mas agora estou com esse medo”, disse surpresa com a comparação. “Eu sou a Chiquinha?”, brincou ao dizer que espera que isso não se concretize.

Depois de 14 anos como Bebel, Guta explicou como fez para se distanciar da personagem, mas afirmou que não se importa de ser sempre lembrada como a filha de Lineu e Dona Nenê.

“O grande público vai sempre se lembrar de mim como a Bebel e eu tenho um grande carinho pela personagem. Não consigo não gostar dela porque ela me deu muita coisa boa, não posso cuspir no prato que comi”, falou. “Ficou um ‘antes e depois’ dela. Agora faço personagens bem diferentes como uma maneira de me descolar da Bebel”, contou a atriz, que já interpretou 2 prostitutas no cinema.

Longe da TV há 2 anos, Guta afirmou que o tempo como Bebel e o rótulo de comediante podem ser os responsáveis por afastá-la da programação da Globo: “nunca me chamaram para fazer novela”. Mas isso é algo que ela ainda pretende realizar.

Mas o tempo fora da TV deu à atriz oportunidades na telona. Dia 04 de maio ela estreia no cinema com “Ninguém Entra, Ninguém Sai”, uma comédia que, como ela mesmo define, “não é apenas mais uma comédia nacional”.

“É uma comédia diferente das que tem sido feitas. Ela não é totalmente realista, é um pouco fantástica também, tem um exercício de imaginação”, falou. Na trama, vários casais ficam confinados em um motel em quarentena por supostamente carregarem um tipo de vírus.

Ao falar sobre o sucesso das comédias brasileiras, que se tornou uma indústria forte com público fiel, Guta avaliou a necessidade do crescimento de outras áreas do cinema nacional.

“As pessoas se acostumaram só com a comédia e é difícil movimentar gente para ir ao cinema ver coisas que não são comédia”, afirmou. “As pessoas precisam desenvolver um gosto por outros filmes e para isso precisa de ajuda. As planilhas precisam ser bem distribuídas para ter espaço para o cinema mais autoral”, falou.

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